sábado, 28 de agosto de 2010

Boa noite, Daniel. O que você achou do episódio em São COnrado semana passada? Como evitar que os bandidos mandem na cidade do Rio? Seremos refens pra sempre? Solange Cruz.

Olá Solange!

Achei simplesmente apavorante o episódio de violência que assistimos no sábado passado, dia 28 de agosto de 2010, na praia de São Conrado. Quando começamos a acreditar que nossa sociedade está segura, um acontecimento como este surge para nos assustar.

Para piorar um pouco mais o ocorrido, vemos nossa polícia novamente envolvida em uma suspeita de recebimento de propina, mediante a liberação da via para passagem dos traficantes. Manchete dos jornais de hoje, dia 28 de agosto.

O crescimento do tráfico vem ocorrendo durante décadas nas comunidades do Rio de Janeiro mediante a inércia do Estado, e acontecimentos como este é preço que pagamos.

Precisamos aprimorar a preparação dos nossos policiais, melhorar sua remuneração e criar um sistema digno de bonificação por serviço prestado a sociedade.

A ocupação de algumas comunidades pelas UPPs, Unidades de Polícia Pacificadora, tem mostrado bons resultados no controle da violência e da criminalidade. Todavia um sistema de rodízio do contingente policial nas UPPs deveria ser implantado, buscando evitar o estreitamento de relações entre policiais e criminosos.

Cabe ainda lembrar que a segurança no asfalto se torna ainda mais necessária com a ocupação dos morros, devendo ser redobrada.

O pior ainda está por vir! O episódio do último sábado nos mostrou que não será nada fácil a implantação de uma UPP na Rocinha, mas tenho certeza que conseguiremos.

Chega de dizer que os bandidos são mais fortes, são o “poder paralelo”. Nossa polícia, mesmo desprovida de muitos recursos, já provou que é capaz de enfrentar e vencer.

Apesar de todo ocorrido acredito que aos poucos o cerco está se fechando para a bandidagem, e que em alguns anos atingiremos uma condição de liberdade bastante distinta da de “reféns” que vivemos hoje.

Agradeço muito por sua participação com esta pergunta.

Bom final de semana!

Daniel Geraldi

Pode perguntar que eu respondo!!!

Oi Daniel! Meu nome é Ângela Senges. Sou ambientalista e gostei do que vc disse sobre a B. de Guanabara. Mas minha pergutna eh outra. O que pode ser feito com relação à saúde, pra que o atendimento melhore em curto prazo? Vc acredita nas UPAs? Obrigada.

Olá Ângela.

Que bom que você, uma especialista em meio ambiente, gostou do meu comentário sobre a baía de Guanabara. Isto é sinal de que estou no rumo certo!

Com relação a saúde, não acredito que a realidade deste setor em nosso Estado combine com o termo “em curto prazo”.

No município do Rio de Janeiro faltam leitos, medicamentos, equipamentos e até profissionais! Em Dezembro de 2009, o Hospital Souza Aguiar parou algumas de suas atividades por falta de profissionais.

As UPA´s 24h são excelentes centros de triagem e primeiro socorros, mas uma vez realizado o atendimento do paciente para onde será o paciente encaminhado? Hospital Miguel Couto? Souza Aguiar? Cardoso Fontes? Lourenço Jorge?

Deste modo não adianta ter um bom primeiro atendimento se o paciente será direcionado para um local com os problemas acima citados.

A UPA não é a solução da saúde no Estado!

Quanto aos medicamentos e equipamentos somente investimento pesado e compromisso social de nossos políticos e administradores podem resolver.

A falta de profissionais na rede pública requer reajuste salarial e incentivo, como atualmente é exigido pelos residentes que estão em greve.

Quanto a super lotação e falta de leitos, certo é que precisamos de novos hospitais, mas acredito que a maior necessidade de leitos hospitalares esteja no interior do Rio.

Um sujeito sofre um acidente no município de Quissamã e é internado no Município do Rio de Janeiro, super lotando a rede hospitalar municipal. Cabe ainda lembrar que graças aos Royalties do Petróleo nosso interior goza de boa saúde financeira para providenciar tais recursos.

Portanto, a solução dos problemas da saúde no Estado não serão resolvidos ano que vem. Mas tenho certeza que com o empenho do Poder Executivo, em aplicar recursos em atos com uma real função social, e do Poder Legislativo, atuando como órgão fiscalizador, conseguiremos atingir um Sistema de Saúde digno para toda a sociedade até os jogos de 2016.

Cabendo ainda lembrar que saúde pública não é direito somente das pessoas com pouco recurso financeiro, mas sim de todos!

Agradeço novamente por sua atenção, conto com seu apoio nesta caminhada rumo a ALERJ.

Daniel Geraldi

Pode perguntar que eu respondo!!!